24.2.09

Noites Brancas


Durante uma das maravilhosas Noites Brancas do verão de São Petersburgo, em que o sol praticamente não se põe, dois jovens se encontram numa ponte sobre o rio Nievá, dando início a uma história carregada de fantasia, emoção e lirismo. Nesta novela singular, publicada em 1848, Dostoiévski constrói uma atmosfera delicada e fantasmagórica, que evoca o gosto romântico da época. Nela, a própria cidade de São Petersburgo - com seus palácios e pontes, seus espaços monumentais - revela-se como personagem.
Lírico.''Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Afinal, não basta isso para encher a vida inteira de um homem?...'' (Noites Brancas, Dostoievski).Simplesmente belo. Um romantismo entranhado exala desta linda narrativa, em que ressoa a voz de um eterno sonhador. Não precisaríamos do nome deste personagem que, ao meu ver, é brilhantemente humano, demasiado humano. Comovente do inicio ao fim, já nas primeiras linhas tive lagrimas desarraigadas da minh'alma. Em ingênuas noites, pode-se, sem a menor dúvida, conhecer o mais profundo de cada ser. Em apenas quantro noites, noites brancas que nos fazem presenciar, viver toda uma vida e, ainda, ter o íntimo dom de iludir um grande e humano sonhador. O gênio Russo esmiuça, com grande maestria, a alma dos entes solitários que povoam a face luminosa da terra. Lindo, como as ''cores do império celeste''.

(FiodorDostoievski; Editora: Editora34)

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